Protagonizado por Miley Cyrus e Demi Moore, "Lola" (LOL - 2012), chega aos cinemas nesta sexta-feira, dia 20, com a promessa de ser um grande sucesso entre o público adolescente. O SRZD já assistiu a esse remake de "Rindo à Toa" (LOL - Laughing Out Loud - 2008) e conta um pouquinho dessa produção que ficou apenas na promessa...
Quando a sessão começou, lembrei-me dos filmes água com açúcar que adorava assistir na Sessão da Tarde durante a minha adolescência e tentei assistir "Lola" com um olhar adolescente, para ser mais coerente com a minha crítica. Sinceramente, não sei se fui muito feliz nessa minha tentativa porque não há nada no longa que possa ser elogiado. E não estou exagerando nem sendo cruel demais, como alguns fãs de Miley Cyrus podem imaginar.
Com direção de Lisa Azuelos, que também dirigiu o original, a produção é repleta de clichês e problemas que a comprometem a todo instante, a cada sequência. O roteiro de Azuelos e Kamir Aïnouz é cheio de buracos. As histórias paralelas não têm conclusão e se perdem no meio da trama. E nem mesmo os conflitos das protagonistas são bem elaborados, pois os diálogos e as atuações são superficiais ao extremo.
Outro ponto fraco dessa produção é o seu elenco, não somente o de apoio. Cyrus e Moore não estão bem em cena, não têm química alguma e não convencem como mãe e filha. Moore não vive um bom momento em sua vida pessoal e isso parece estar refletindo na carreira. A atriz ainda conseguiu ser prejudicada por alguns takes que evidenciaram suas intervenções cirúrgicas na face. Infelizmente, a personagem Anne é um de seus piores trabalhos.
Ashley Greene também está péssima no papel da "periguete" Ashley, apelidada de post-it pelas garotas da escola porque está sempre grudada em algum garoto cobiçado por outra. É praticamente a versão periguete de Alice Cullen, sua personagem em "A Saga Crepúsculo" (The Twilight Saga), só que incrivelmente sem graça.
Mas vamos à trama. Lola (Cyrus) é a típica adolescente popular da escola que vive uma relação um pouco turbulenta com a mãe, Anne (Moore). Após levar o fora do namorado, Lola se apaixona por seu melhor amigo, Kyle (Douglas Booth), jovem que tem uma relação muito conturbada com o pai, que não o aceita numa banda da escola. Enquanto isso, Anne vive às voltas com o romance secreto com o ex-marido e pai de seus filhos, até conhecer e se envolver com um policial.
Enfim, todos os tipos de clichês estão presentes nessa produção. Agora, considerando que o público adolescente é responsável por bilheterias gordas, as perguntas que me faço são: Por que um filme destinado a ele tem de ser tão fraco? Será que os roteiristas pensam que essa fatia considerável do público não merece assistir algo melhor?
O filme pode ser água com açúcar, bobinho, mas como qualquer outro filme, precisa de um roteiro bem desenvolvido e de um elenco capaz de dar vida a seus personagens. Caso contrário, a produção estará fadada ao fracasso. E esse parece ser o caso de "Lola", massacrado pela crítica internacional e um fiasco de bilheteria lá fora.
Texto por: Porto Gente
Imagens por: Fofoca do Dia
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